Venezuela: Opositor do regime de Nicolás Maduro morre na prisão
Alfredo Díaz estava preso há mais de um ano
Pleno.News - 06/12/2025 15h32 | atualizado em 08/12/2025 11h24

A ONG venezuelana Foro Penal denunciou, neste sábado (6), a morte na prisão e sob custódia do Estado do ex-governador opositor do estado insular de Nueva Esparta, Alfredo Díaz, que estava preso há mais de um ano e “isolado”, segundo disse o presidente da instituição, Alfredo Romero.
– Outro preso político que morre em prisões venezuelanas. Estava preso há um ano, isolado. Só permitiram uma visita de sua filha. Tinha 55 anos. É revoltante! O Estado é responsável pela saúde da pessoa sob sua custódia – escreveu Romero em sua conta na rede social X.
Na mesma rede social, o diretor vice-presidente do Foro Penal, Gonzalo Himiob, confirmou que a “família de Alfredo Díaz foi notificada de sua morte enquanto se encontrava sob custódia”.
– Segundo o Protocolo de Minnesota (2016), trata-se de uma “morte potencialmente ilícita” que deve ser investigada de maneira objetiva e imparcial – destacou Himiob no X.
Por sua vez, o partido opositor Voluntad Popular (VP) assegurou que Díaz morreu “há horas” na sede em Caracas do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), conhecida como El Helicoide, “vítima de um infarto fulminante”.
– Isto não é um fato isolado. É a consequência direta de um sistema que persegue, prende e destrói vidas para se sustentar no poder. Alfredo Díaz morreu sem liberdade, sem justiça e sem garantias mínimas, em uma prisão onde o regime decide quem vive e quem morre – protestou o VP.
A esposa de Díaz, Leynys Malavé, exigiu, em sua conta no Instagram, uma resposta ao Estado.
– O que aconteceu com meu marido, o mataram? – perguntou.
Já o opositor e líder do VP, Leopoldo López, declarou que Díaz “estava há meses solicitando atendimento médico e o negaram”.
– Sua partida nos toca profundamente a quem caminhou com ele e compartilhou a luta pela liberdade – destacou López em sua conta no X.
O ex-governador – ativista do partido opositor Acción Democrática e também ex-vereador e ex-prefeito – foi detido em novembro de 2024, em um contexto de crise após as eleições presidenciais de julho daquele ano, nas quais a maior coalizão opositora denunciou como fraudulento o resultado que deu a reeleição a Nicolás Maduro.
Díaz questionou a falta de publicação dos resultados detalhados das eleições presidenciais e denunciou, dias antes de sua detenção, a crise elétrica que Nueva Esparta viveu em novembro, que o governo atribuiu a ataques da oposição.
*EFE
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